Literatura e contação de histórias
MÁRCIA MONTENEGRO
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OS LIVROS
Contar histórias é o que faço, pela palavra falada ou escrita. Contá-las é a minha própria história.
A Rosa Silvestre
Após a repentina morte da sua irmã, Leonor de Wrightbrook, ainda menina, é enviada para viver com parentes em Dover. Sem compreender os reais motivos do seu exílio, ela cresce circundada pelos excêntricos Willberton e se transforma na obsessão do charmoso Edgar, mas a chegada de uma carta anuncia o noivado com o temido conde de Madison e ordena o imediato retorno à casa paterna. Em desespero, Leonor foge, dando início a uma viagem fascinante, a própria jornada da sua vida.
Rupert Atwood está fazendo o caminho de volta para casa, depois um longo período de batalhas a serviço do rei Eduardo III, disposto a assumir novas responsabilidades como suserano. Contudo, eventos inesperados atarão o seu caminho ao da determinada Leonor, num mundo carregado de perigos, em que a cobiça e rígidas normas sociais ditam o futuro de todos. Tanto Leonor quanto Rupert estão fugindo, porém o que eles ainda não descobriram é que, do próprio destino, fugir é impossível.
Neste romance épico, ambientado no século XIV, durante a dinastia Plantageneta do rei Eduardo III, personagens reais e fictícios unem-se para contar a história de duas almas destinadas ao encontro.
A Rosa Silvestre foi lançada em 2017, na Bienal do Rio de Janeiro e já está na sua terceira edição no formato kindle (Amazon) e físico.
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O valor de cada um
A cidade da Matemática está em polvorosa! No bosque dos números, o astuto 9 tornou-se um tirano e ordenou que pintassem no pórtico da cidade três regras muito estranhas:
1ª. Os números devem viver separados;
2ª. Ter é poder;
3ª. O numeral sem unidades não pertence ao grande Sistema Numérico Decimal.
Preocupado em contar suas unidades uma a uma, o imperador distribuiu uma lista de “mil coisinhas a fazer” a todos os outros números: o curioso 2, o distraído 3, o estudioso 4, o guloso 5, o dorminhoco 6, o entediado 7 e o sempre preocupado 8. Agora, eles estão ocupados demais para pensar uns nos outros, enquanto muros são erguidos por toda parte. Somente o sábio 1 ousou desobedecer as regras do rabugento monarca e até foi visto tomando uma xícara de chá da amizade em companhia do tímido 0, muito embora este tenha sido obrigado a viver sempre à esquerda e bem distante dos outros algarismos, com um símbolo de não-pertence (ɇ) bordado em seu peito magro.
A notícia da pequena rebeldia do número 1 chegou aos ouvidos do Imperador Nove, o IX. Furioso, ele ordenou aos sinais de divisão e subtração que dividissem o número 1 ao meio e subtraíssem a sua voz, exilando-o com os pobres números fracionários.
A confusão está armada, mas tudo está prestes a mudar no reino da Matemática...
Poderão os números descobrir o verdadeiro sentido da cooperação e da tolerância? Serão capazes de criar as novas classes e ordens numéricas?
Nesta fábula, onde números são utilizados como um divertido e didático instrumento para a reflexão sobre valores e escolhas, a autora apresenta um delicioso encontro entre fantasia, ética e espiritualidade, através de uma narrativa emocionante sobre o valor de cada um, tudo para estimular o espírito crítico e despertar, de forma lúdica, o gosto pela Matemática.
Livro presente na Feira Europeia de Literatura Infantojuvenil de Saarbrücken na Alemanha, Edição 2021, representando a Língua Portuguesa na América Latina neste seguimento literário.
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Pitoco
Sem Wi-Fi e perdido no meio da floresta, Pitoco não pode contar com a tecnologia do “copiar” e “colar”. Sem nunca ter se preocupado em adquirir habilidades cognitivo-emocionais que o ajudassem a lidar com as adversidades da vida (ou mesmo a encontrar o caminho de volta para casa), só o que lhe resta é contar com a ajuda da coruja e da formiguinha, personagens representativas da sabedoria, empatia, humildade, bondade e gentileza.
Ao reconhecer suas próprias fragilidades, Pitoco finalmente descobre que problemas podem ser oportunidades “camufladas”, e encontra em si a força necessária para pedir ajuda e cultivar a gratidão, afinal, ser humilde é também ser corajoso.
De forma instigante, rimada e muito divertida, Pitoco faz o convite lúdico a uma reflexão: em que medida nos bastamos? Estamos ou não iludidos pela certeza da autossuficiência? Qual a importância do outro da construção dos nossos saberes?
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Ciranda das Letras
Você sabia que o C virou uma canoa, o jacaré encontrou o J no jornal e a letra E foi para a Espanha? Quantas aventuras as letrinhas e as cantigas de roda podem contar!
O “Ciranda das Letras” traz a riqueza dos ritmos da nossa cultura, como estímulo para o aprendizado e o desenvolvimento da linguagem infantil, enquanto apresenta as letras do alfabeto e convida o pequeno leitor a entrar na roda.
Acesse o QR CODE e ouça as músicas do livro cantadas pela própria autora, em ritmo de baião, frevo, valsinha brasileira, samba, forró e muito mais! Vamos cirandar?
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Curumim e o segredo de Hutukara
O menino yanomami olhava sem parar para a copa das árvores e Daniel ficou curioso. Afinal, o que havia lá em cima para se olhar, além de folhas e galhos? Mas, o que Daniel não sabia é que os povos indígenas guaram um grande segredo: o segredo de Hutukara”.
Feche bem os olhos e abra o seu coração para acompanhar as aventuras de Curumim e Daniel pelos caminhos fantásticos da floresta. Venha aprender a ouvir a voz de Hutukara e ajude Daniel a partilhar com todas as crianças esse fabuloso mistério.
Onde encontrar na internet:
De todas as formas
A limitada visão dos quadradantes, circulanos, triangulotes e retangulinos criou uma baita confusão em Geometrion. O planeta está em pé de guerra e ninguém se entende mais por lá. Mas a chegada de um misterioso visitante, em busca de sua verdadeira forma e tribo perdidas, põe em cheque as estranhas ideias dos habitantes desse confuso planetinha e os conduz à repensar seu modo de viver e ver o mundo.
“De todas as formas” constrói pontes entre a matemática e a fantasia, alicerçadas em uma narrativa emocionante sobre conteúdo e forma, aparência e essência. Por meio de conceitos matemáticos e de modo divertido, a narrativa valoriza a construção de uma cultura de tolerância e estimula o pensar sobre a necessidade de aceitação do outro com suas diferenças e peculiaridades.
O livro utiliza a Geometria Espacial como um divertido e didático instrumento para a reflexão sobre preconceito, diversidade e inclusão. A matemática une-se à literatura e ambas convidam o leitor a pensar, de forma crítica, sobre tolerância e a capacidade de dialogar respeitando as diferenças.
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