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A arqueologia de um poema.


Desafio os arqueólogos das letras, aqueles que buscam a origem de tudo, a encontrarem a mão que desenhou estes versos.


“Porque tudo o que é lançado à terra germina

convertendo broto em erva, flor em fruto

numa desejável e invencível sina

a mim, tu te moves resoluto.


Sob a mesma lei que espargi a profusão de cores

sobre alvos campos do inverno intermitente

move marés, alteia montes, rompe flores

é que a ti, me entrego obediente.


E sem escolha, a vontade submetida

à mão divina, que do destino, guia o traço

vejo-te entregue, oferto minha vida

dóceis ao enleio de tão forte laço.


Cativo, por soberana vontade

Livre, atada a teu sorriso

Pelo deserto, fecho os olhos, me conduzes

E em liberdade, o regresso ao paraíso.”


Poema do século XIV de autoria desconhecida

 
 
 

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