Trago esta rosa para lhe dar.
- Márcia Montenegro
- 19 de fev. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 5 de mar. de 2020

"Ele sorriu internamente, sentindo-se atraído por aquele misto de sagacidade e travessura que o surpreendia a cada minuto, numa densidade de sentir e perceber o mundo, visto, até então, em poucos, muito poucos. Ela era espontânea como uma menina, de sorriso franco, puro e corava sob um simples olhar seu, mas quando ele começava a sentir-se seguro, dono da situação e dominante, ela o olhava como quem lesse seus pensamentos e os punha explícitos, retirando, de algum lugar dentro de si, o que nem ele sabia existir. A moça o paralisava. Era uma feiticeira que trazia em si a magia, sem se dar conta disso. E mais, havia nela uma força sensual, insondável, latente, prestes a emergir, ele podia sentir, quente sob a pele, pulsando viva. Desejou ser o homem a conduzi-la nessa descoberta. O primeiro, o último, o único.
Após um momento de hesitação, Rupert falou com gravidade.
– Somos dois fugitivos - havia uma tristeza pesando o desenho do seu sorriso ao fitá-la com delicadeza."
A Rosa Silvestre, p. 192.
😍❤️💯
ENCANTADOR!!!
Melhor escritora do mundo= minha mãe